Santiago do Cacém
Santiago do Cacém é uma cidade portuguesa no Distrito de Setúbal, região do Alentejo e subregião do Alentejo Litoral, com uma população residente de 6.568 habitantes (2009).Santiago do Cacém
Originariamente povoado pré-celta, aglomerado urbano celta, foi romanizado até ao período pós-imperial, mais concretamente desde o séc. I a.C. até ao séc. V d.C.
Apesar de durante a época céltica já existirem relações com outros povos peninsulares, concretamente a sul, foi com os Romanos que o quotidiano do povoado foi revitalizado, tornando-se inclusive a principal cidade romana da costa ocidental a sul do Tejo. Salatia Imperatoria ou Mirobriga Celtici (os estudiosos dividem-se na designação) possuía um fórum com o seu templo, imponentes termas ou balneários e (a 1 km de distância) o único hipódromo romano conhecido em Portugal.
Terá sido por volta de 712 e já após o declínio de Miróbriga que os mouros atingiram o território, edificando o castelo na colina defronte; pensa-se inclusivamente que o nome Kassem estará ligado ao alcaide mouro. A ocupação moura prolongou-se até ao séc. XII e muitas batalhas pela reconquista se travaram no território até que, em 1217, voltou definitivamente à posse dos cristãos, tendo D. Afonso II confirmado a doação de seu pai à Ordem dos Espatários.
O burgo medieval de Sant'Iago de Kassem era já de grande importância no séc. XIII, com responsáveis políticos e administrativos de primeira categoria (pretores, alvazis, juízes, alcaides, almoxarifes). Já considerada oficialmente vila em 1186, recebeu a sua primeira carta de foral, por ordem do rei D. Dinis.
Entre 1315 e 1336, por doação de D. Dinis, a vila e o castelo passaram a pertencer à princesa D. Vetácia, aia e amiga da rainha Santa Isabel, tendo regressado à Ordem de Santiago após a morte da sua proprietária. O primeiro comendador da vila pela Ordem foi Carlos Pessanha. Em 1383-85, Sant' Iago de Kassem toma voz através do Mestre de Aviz, pelos interesses nacionais, contra a submissão ao estrangeiro.
Santiago do Cacém tornou-se sede de concelho em 1512, data em que lhe foi concedida por D. Manuel I a carta de foral. Em 1594, a vila e o castelo foram doados por D. Filipe II aos Duques de Aveiro. Em 1759, passou a pertencer à Coroa e, em 1832, definitivamente ao Estado.
Miróbriga
Miróbriga representa um dos mais marcantes vestígios da ocupação dos romanos no Sudoeste de Portugal. Foi classificada de Imóvel de Interesse Público, em 1940.
A cidade romana estende-se por mais de 2 km, apresentando ruínas de edifícios de habitação, ruas pavimentadas, um hipódromo, termas, uma ponte e um fórum.
O Fórum de Miróbriga encontra-se localizado numa zona chamada de "Castelo Velho", o topónimo de castelo, no sul indica inúmeras vezes ocupação pré-romana. É o caso de Mirobriga. Foi ocupada já desde a Idade do Bronze, e do Ferro onde beneficiou das trocas comerciais púnicas no século IV a.C.
A partícula "briga" parece indicar a celtização da zona. A ocupação propriamente romana dá-se no século I d.C., e possivelmente teria o estatuto de Estipendiária.
Na época flaviana o desenvolvimento da cidade foi intenso, podendo mesmo ter chegado a obter o estatuto de Municipium, juntamente com Bracara Augusta e Conímbriga. O que seria provável é que controlava muito possivelmente um território relativamente afastado de si, como é o caso de Sines.
O despovoamento de Miróbriga, terá ocorrido, segundo os testemunhos arqueológicos até agora apurados, no século IV d.C., altura da decadência do império romano registado amiúde em outras cidades.
Santiago do Cacém é uma cidade portuguesa no Distrito de Setúbal, região do Alentejo e subregião do Alentejo Litoral, com uma população residente de 6.568 habitantes (2009).Santiago do Cacém
Originariamente povoado pré-celta, aglomerado urbano celta, foi romanizado até ao período pós-imperial, mais concretamente desde o séc. I a.C. até ao séc. V d.C.
Apesar de durante a época céltica já existirem relações com outros povos peninsulares, concretamente a sul, foi com os Romanos que o quotidiano do povoado foi revitalizado, tornando-se inclusive a principal cidade romana da costa ocidental a sul do Tejo. Salatia Imperatoria ou Mirobriga Celtici (os estudiosos dividem-se na designação) possuía um fórum com o seu templo, imponentes termas ou balneários e (a 1 km de distância) o único hipódromo romano conhecido em Portugal.
Terá sido por volta de 712 e já após o declínio de Miróbriga que os mouros atingiram o território, edificando o castelo na colina defronte; pensa-se inclusivamente que o nome Kassem estará ligado ao alcaide mouro. A ocupação moura prolongou-se até ao séc. XII e muitas batalhas pela reconquista se travaram no território até que, em 1217, voltou definitivamente à posse dos cristãos, tendo D. Afonso II confirmado a doação de seu pai à Ordem dos Espatários.
O burgo medieval de Sant'Iago de Kassem era já de grande importância no séc. XIII, com responsáveis políticos e administrativos de primeira categoria (pretores, alvazis, juízes, alcaides, almoxarifes). Já considerada oficialmente vila em 1186, recebeu a sua primeira carta de foral, por ordem do rei D. Dinis.
Entre 1315 e 1336, por doação de D. Dinis, a vila e o castelo passaram a pertencer à princesa D. Vetácia, aia e amiga da rainha Santa Isabel, tendo regressado à Ordem de Santiago após a morte da sua proprietária. O primeiro comendador da vila pela Ordem foi Carlos Pessanha. Em 1383-85, Sant' Iago de Kassem toma voz através do Mestre de Aviz, pelos interesses nacionais, contra a submissão ao estrangeiro.
Santiago do Cacém tornou-se sede de concelho em 1512, data em que lhe foi concedida por D. Manuel I a carta de foral. Em 1594, a vila e o castelo foram doados por D. Filipe II aos Duques de Aveiro. Em 1759, passou a pertencer à Coroa e, em 1832, definitivamente ao Estado.
Miróbriga
Miróbriga representa um dos mais marcantes vestígios da ocupação dos romanos no Sudoeste de Portugal. Foi classificada de Imóvel de Interesse Público, em 1940.
A cidade romana estende-se por mais de 2 km, apresentando ruínas de edifícios de habitação, ruas pavimentadas, um hipódromo, termas, uma ponte e um fórum.
O Fórum de Miróbriga encontra-se localizado numa zona chamada de "Castelo Velho", o topónimo de castelo, no sul indica inúmeras vezes ocupação pré-romana. É o caso de Mirobriga. Foi ocupada já desde a Idade do Bronze, e do Ferro onde beneficiou das trocas comerciais púnicas no século IV a.C.
A partícula "briga" parece indicar a celtização da zona. A ocupação propriamente romana dá-se no século I d.C., e possivelmente teria o estatuto de Estipendiária.
Na época flaviana o desenvolvimento da cidade foi intenso, podendo mesmo ter chegado a obter o estatuto de Municipium, juntamente com Bracara Augusta e Conímbriga. O que seria provável é que controlava muito possivelmente um território relativamente afastado de si, como é o caso de Sines.
O despovoamento de Miróbriga, terá ocorrido, segundo os testemunhos arqueológicos até agora apurados, no século IV d.C., altura da decadência do império romano registado amiúde em outras cidades.